#124 - Meditações - Marcus Aurelius - Livro IX - Parte 1/10 - Estoicismo

#124 - Meditações Marcus Aurelius - Livro IX - Parte 1/10 - Estoicismo

1. Quem pratica injustiça incorre em impiedade. Como a natureza universal constitui os seres racionais uns para os outros, para se ajudarem mutuamente segundo o seu mérito e não se prejudicarem de modo algum, quem transgride esse decreto comete impiedade, evidentemente, perante a mais elevada das divindades.

Também quem mente incorre em impiedade para com a mesma divindade. Ora, sabemos que a natureza do universo é a natureza das realidades e as realidades têm parentesco com as coisas existentes; ademais, ela também é chamada Verdade e é a causa primeira de todas as verdades. Portanto, quem mente conscientemente comete impiedade, já que, enganando [os demais], pratica a injustiça. Também incorre em injustiça quem mente sem querer, na medida em que destoa da natureza universal e a desordena, estando em oposição à natureza do mundo.

Sim, opõe-se à natureza quem, mesmo involuntariamente, é levado para o lado oposto à verdade: ele recebeu da natureza recursos [intelectuais], mas os negligenciou, e por isso hoje é incapaz de discernir o que é verdadeiro do que é falso.

Igualmente comete impiedade quem se inclina aos prazeres como se fossem o bem e foge das dores como se fossem o mal. Pois tal pessoa irá, necessariamente, se revoltar inúmeras vezes contra a natureza, que distribui aos maus e aos bons sem levar em conta o seu mérito, de modo que não é incomum que os maus gozem dos prazeres e dos meios de obtê-los, enquanto os bons se encontram sujeitos ao sofrimento e aos infortúnios que os causam.

Além disso, quem teme o sofrimento há de temer um dia algum dos eventos do mundo: e mesmo aí já há impiedade. Quem vive em busca de prazeres não poderá se abster da injustiça: aí também há uma impiedade evidente.

Ora, há conjuntos de opostos aos quais a natureza comum é indiferente – e não teria criado uns e outros se não fosse indiferente a ambos: quem deseja seguir a natureza, baseando nela os seus sentimentos, deve também sentir indiferença quanto a tais opostos. Quem, pois, não é indiferente à dor e ao prazer, à morte e à vida, à glória e à obscuridade, enfim, tudo o que a natureza universal trata com indiferença, evidentemente incorre em impiedade.

Dizer que a natureza comum os trata com indiferença é como dizer que eles acontecem indiferentemente, decorrendo dos fatos e de suas consequências graças a um impulso inicial da Providência, pelo qual a partir de certo momento ela deu início à presente organização do mundo, compondo determinadas leis para as coisas futuras e concebendo as forças geradoras das substâncias, de suas transmutações e sucessões.

Estoicismo é uma fórmula que nos ajuda a superar os desafios e dificuldades da vida.

A filosofia vida estoica foi criada na Grécia a mais de 2000 anos por Zenão e propagada por Epicteto, Marco Aurélio e Sêneca entre outros.

Presente na vida de grandes homens e mulheres em todo o mundo, vem ajudando de forma prática a superar as lutas e os desafios diários. Desde Treinadores e Jogadores da NFL, NBA… Empreendedores de sucesso do vale do silício, grandes estadistas atuais e históricos como George Washington, Winston Churchill, Benjamin Franklin dentre inúmeros outros estoicos.

O Estoicismo é capaz de gerar impactos positivos incríveis nos nossos momentos de dificuldades e desafios. Ele nos traz autoconfiança, alta performance e paz de espírito em meio a qualquer crise, seja ela no trabalho, no relacionamento ou pessoal.

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