O estoicismo é um modo de vida!
“Todo o futuro está na incerteza: viva imediatamente.” Sêneca
Estoicismo é uma filosofia pratica feita para ser utilizada na vida real e não em debates infindáveis de filósofos acadêmicos!
Quantas ideias são sólidas o suficiente para permanecerem relevantes após 2.300 anos?
Muitas escolas de filosofia existiram desde então, mas nem todas tiveram uma influência igualmente profunda na sociedade. Não é possível hoje encontrar Cínicos ou pessoas que (voluntariamente) moram em barris, mas é possível encontrar Estoicos.
Por quê?
O Estoicismo não é uma filosofia de poltrona. De Zenão de Cítio a Ryan Holiday, todos os adeptos dessa corrente filosófica são pessoas que valorizam ações acima de palavras. Os Estoicos nunca fizeram distinção sobre quem você é ou de onde veio.
Outro motivo é que o Estoicismo trata de questões atemporais, como lidar com adversidades, emoções negativas, conhecer a si próprio e investir energia no que importa. Apesar de muito ter mudado nos últimos 2.300 anos, nosso cérebro ainda funciona de forma similar. Lidamos com desafios emocionais parecidos e enfrentamos adversidades diariamente. Dado que a filosofia Estoica trata de questões atemporais, não é surpreendente que ela continue sendo estudada até hoje.
Existem diversos motivos que tornam as ideias Estoicas influentes até hoje. Um dos principais é o fato de muitos conceitos Estoicos serem práticos e direcionados para a ação.
Alguns princípios são contra intuitivos. Outros são quase óbvios. Se dermos o máximo de nós mesmos, e focarmos naquilo que está sob nosso controle, estaremos mais próximos de sermos felizes.
Como alguém poderia discordar disso?
Três diferentes personagens, com três contextos de vida únicos:

Epictetus
(55 - 135) nasceu escravo e, como escravo, chegou a Roma. Após obter sua liberdade, passou a lecionar e depois fundou sua própria escola na Grécia. Apesar de não ter escrito livros, suas aulas foram transcritas por um de seus alunos e, felizmente, sobreviveram ao tempo. Suas aulas e as transcrições foram responsáveis por educar grandes mentes gregas e romanas. Dentre elas, Júnio Rústico, que futuramente se tornaria tutor de Marco Aurélio.

Sêneca
(4 a.C. - 65) foi uma figura pública e uma das pessoas mais ricas de Roma. Foi tutor e conselheiro de Nero, imperador romano que posteriormente o condenou ao suicídio. Foi também um importante dramaturgo, e suas tragédias inspiraram até mesmo peças de Shakespeare. Seu pensamento sobreviveu por meio de suas cartas e seus tratados.

Marcus Aurelius
(121 - 180) é considerado o último dos cinco bons imperadores romanos. Foi o homem mais poderoso da Terra em seu tempo. Ao longo dos últimos anos de sua vida, reservava parte do dia para escrever em seu diário como forma de reflexão. Posteriormente, seu diário foi publicado com o título “Meditações”, e é hoje uma das mais populares obras Estoicas.
#conhecimento
"Se a sabedoria me fosse oferecida sob a condição que eu deveria mantê-la fechada e não divulgá-la a ninguém, eu devo rejeitá-la. Não há aproveitamento na posse de nada valioso a menos que você tenha alguém para compartilhar." Sêneca, Carta 6.4
Os 5 grandes pilares do Estoicismo
A origem do Estoicismo
Uma suposta desgraça, que poderia mergulhar Zenão em uma profunda (e aparentemente justificável) depressão, deu a ele uma oportunidade única de embarcar na filosofia. De acordo com Diógenes Laércio, um biógrafo da época, Zenão ainda brincou dizendo:
“Agora que eu naufraguei, enfim embarquei em uma boa jornada.”
Não é à toa que uma filosofia que surgiu em um ambiente público tenha ganhado tanta popularidade ao longo da história. Por quase cinco séculos após sua fundação, o Estoicismo foi uma das mais influentes escolas de pensamento. Suas disciplinas eram praticadas por ricos e pobres, nobres e escravos.
O Estoicismo originalmente foi construído pelos gregos. As ideias de Zenão posteriormente foram desenvolvidas principalmente por Crísipo. Apesar de terem havido diversos filósofos Estoicos gregos, e Crísipo sozinho ter escrito mais de 700 livros, infelizmente nenhuma obra Estoica da época sobreviveu ao tempo.
Dado que o Império Romano absorveu a cultura grega, não demorou muito para o Estoicismo chegar a Roma. Lá viveram três Estoicos (Sêneca, Epictetus e Marco Aurélio), cujas obras felizmente sobreviveram. Por isso, os romanos foram os responsáveis por edificar o Estoicismo da forma como conhecemos hoje.