#186 - Meditações Marcus Aurélio - Livro XI Parte 7/10 - Estoicismo
Sobre a ofensa, Marcus Aurélio disse:
[Se alguém lhe ofendeu, leve tais questões em consideração]:
Primeiro: qual é a minha opinião acerca dos homens. Pois, que nascemos uns para os outros. E, por outro ponto de vista, eu fui criado para me juntar a eles, como um carneiro ao seu rebanho, ou um touro à manada. Indo mais além: se não são os átomos, é a natureza que governa todas as coisas; e, assim sendo, os inferiores existem em vista dos superiores, e estes, em vista uns dos outros.
Segundo: [observa] como eles se conduzem à mesa, no leito etc.; e, acima de tudo, à quais necessidades ou vaidades as suas opiniões e julgamentos os escravizam.
Terceiro: havendo motivos para agirem como agem, eles não merecem censura. Se eles cometem erros, é evidentemente sem querer, por conta de sua ignorância. Pois, de fato, nenhum homem se priva da verdade ou da justiça por querer. Ao menos todos ficam indignados ao serem tachados de injustos, ingratos, avarentos e, numa palavra, nocivos para com seus concidadãos.
Quarto: sendo humano e semelhante aos demais, você mesmo também comete muitos erros. E, se por ventura se esquiva de alguns deles, nem sempre é por falta de disposição [para o mal], mas por covardia, vaidade ou algum outro vício.
Quinto: nunca se sabe ao certo quando os homens incorrem em erro, pois muitas das suas ações, que nos parecem perversas a primeira vista, são feitas com boas intenções, ou ao menos sem más intenções. É necessário conhecer inúmeros pormenores e circunstâncias antes de poder julgar com alguma segurança a conduta alheia.
Sexto: sempre que a raiva ou a aflição lhe dominarem, lembre-se de que a vida humana é como um instante na eternidade, e muito em breve todos nós estaremos debaixo da terra.
Sétimo: é preciso considerar que não são os atos alheios o que de fato nos aflige, mas antes a nossa opinião ao seu respeito. Assim sendo, aprende a suprimir ou modificar a opinião que formou acerca de tais atos, e logo a sua raiva irá desaparecer. Como fazer isso? Pensando que não pode realmente lhe prejudicar o que fazem os outros. Se alguma coisa pudesse de fato lhe corromper, além do seu próprio vício, invariavelmente você incorreria em muitos maus atos, seria um malfeitor capaz de cometer muitos crimes.
Oitavo: considere o quanto sofremos por conta de nossos próprios momentos de ira e aflição, muito mais do que pelas próprias ações que [inicialmente] nos irritaram ou afligiram.
Nono: quando vem do fundo do coração, quando é sincera e não faz alarde de si mesma, a bondade é invencível!
Em verdade, o que poderá lhe fazer o mais insolente dos homens, se lhe mostrar a sua face gentil e afável? Ora, considere fazê-lo refletir sobre o seu próprio ato, polidamente, mesmo no momento em que ele lhe ataca: “Não, minha criança, nós viemos a este mundo para outro fim; se insistir neste ataque, quem sofrerá é você mesmo, e não eu”.
Assim, se for capaz de lembrar-lhe e provar-lhe que tudo no universo foi criado para a harmonia, e que nem as abelhas, nem outros animais talhados para a vida em comunidade são capazes de um ataque semelhante, se for capaz de adverti-lo sem ironia ou afronta, mas com simpatia e sem rancor no coração, é capaz de ter sucesso na empreitada.
Mas não o repreenda da mesma forma que faz um mentor, de modo a ser admirado pelos outros discípulos, faça-o sempre numa conversa particular, ainda que em meio à multidão.
Lembre-se desses nove preceitos como se fossem um presente das Musas e começa, enfim, a ser um homem, enquanto ainda tem a oportunidade.
Você ainda deve evitar, com igual cuidado, tratar com revolta ou com bajulações quem quer que o tenha ofendido, pois, que ambas as atitudes são prejudiciais. E, conquanto seja inevitável se irritar na vida, lembre-se de que a virilidade se encontra mais na brandura e na serenidade em meio à excitação do que nas explosões incontroláveis de raiva. Ora, aquele que se entrega a ira se comporta tal qual aquele que se entrega à dor: ambos sofrem de forma submissa, sem nenhum controle da situação.
E, se ainda tiver interesse, aceite mais um conselho de Apolo, o líder das Musas: “É loucura querer que os maus não pratiquem maldade; é como desejar o impossível. No entanto, permitir que eles sejam maus para com os outros, mas não admitir que sejam maus para consigo, é algo próprio dos néscios e dos tiranos”.
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