TEMPERANÇA: A VIRTUDE ESTÁ NO MEIO 

“Se você busca tranquilidade, faça menos. Ou, mais precisamente, faça o que é essencial – o que o logos de um ser social requer, e da maneira necessária. Isso traz uma dupla satisfação: fazer menos, melhor.”

É possível percebermos que a virtude está no meio, entre o excesso e a deficiência, sendo o excesso representado pelos descontentamentos e insatisfações com impulsos autodestrutivos e a deficiência entre aquilo que faz falta. A temperança, por outro lado, nos protege contra os extremos ao não confiar na fugacidade do prazer para a felicidade, não permitindo que isso cause dor ou nos destrua.

Sêneca nos ensina a importância do equilíbrio e do autocontrole em nossas vidas, nos ensina a buscar pela tranquilidade e satisfação não fazendo menos, mas sim fazendo o que é essencial e necessário, evitando os extremos do excesso e do desejo desenfreado.

Sendo assim, a virtude da temperança é a sabedoria de encontrar o meio-termo entre o excesso e a deficiência, não apenas em relação aos bens materiais, mas também nas nossas emoções e ações. Ao cultivarmos a temperança em nossas vidas, buscamos o equilíbrio e o autocontrole, encontrando a satisfação em ter o que é essencial e suficiente. Ela nos guia na busca da felicidade verdadeira e duradoura e nos protege dos impulsos autodestrutivos que nos afastam do bem mais elevado: o summum bonum.

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